O que é o medo na infância?
Por Giovanna Araujo | 27 de novembro de 2023 As crianças enxergam o medo de uma forma diferente dos adultos, elas temem tanto situações do mundo real, quanto as do próprio imaginário.
Esse sentimento de medo também é importante, pois permite que a criança faça uma análise da situação vivida e decida se deve enfrentar ou fugir do perigo, além de estimular a confiança e a capacidade na tomada de decisões, além de aprender a diferenciar os medos reais ou não. Às vezes esses temores e medos da infância são passageiros, mas também podem durar por mais tempo ou serem excessivos. Nesses casos, é importante uma atenção redobrada, pois esse comportamento pode vir a se tornar prejudicial.
A imaginação é uma ferramenta incrível para as crianças, na hora da brincadeira e outras situações que exercitam a criatividade, mas tem seu lado negativo também, podendo contribuir para o aumento infundado dos perigos presentes em sua vida, ou seja, eles imaginam uma situação mil vezes pior do que ela realmente é.
A presença dos pais pode aliviar essas sensações de pavor, para os pequenos é como se essas pessoas tivessem super poderes, afastando-os de todos os perigos, sendo eles reais ou imaginários.
Uma criança com medo pode ter várias reações: chorar, ficar ansiosa, fazer birra, se esconder, ter pesadelos, não conseguir segurar o xixi, se isolar, fazer desenhos se expressando e diversos outros meios de externar esse sentimento.
Cada um é único e diferente do outro, é por esse motivo que existem crianças mais medrosas que outras, já que o ambiente vivido pelos pequenos, uma educação superprotetora e até mesmo da própria personalidade, podem influenciar em como eles lidam com os sentimentos.
Nesses momentos, o apoio dos pais é indispensável, as crianças devem ser cercadas de muito carinho e compreensão. Pressioná-los com palavras como "Pare de graça, você já está grandinho para isso, meninos não choram, cadê sua coragem?", só ajuda a piorar ainda mais a situação, onde a criança passa a guardar os sentimentos para si própria e quando "explode" é bem mais complicado de acalmá-la.
MEDOS COMUNS CONFORME A IDADE
ATÉ OS 7 MESES: Os bebês têm um forte vínculo com seus pais e cuidadores, sendo assim, eles não gostam de estar longe de sua pessoa favorita, ficam inquietos. Normalmente esse medo vai sumindo, conforme crescem.
ATÉ OS 3 ANOS: Nessa idade as crianças estão aprendendo e desenvolvendo mais as suas emoções, se assustam mais facilmente com o escuro, barulhos desconhecidos, luzes muito fortes e pessoas estranhas. A imaginação e a fantasia também começam a ser afloradas, então os pequenos costumam ter medo de pessoas fantasiadas: papai noel, palhaços, etc.
ATÉ OS 4 ANOS: Quando a criança começa a aprender mais sobre o mundo, a lista de medos cresce. Alguns são reais e outros frutos da imaginação dela. Quando consegue lidar com um desconforto, logo surge outro que a amedronta. Nessa idade ela passa a temer coisas fantasiosas que assiste na televisão ou no celular, como; dragões, fantasmas e outras criaturas sobrenaturais. O medo dos pais também podem ser passados para o pequeno, dependendo de como o pai e a mãe reagem a certa coisa, ela compreende que também deve reagir daquela maneira.
ENTRE 5 E 6 ANOS: Os pequenos nessa faixa etária ficam com medo de situações que não compreendem a causa, como, por exemplo, a chuva, os trovões, o vento e o escuro. Temem a separação, morte e ferimentos.
ENTRE 7 E 10 ANOS: Já para as crianças maiores, os principais medos são: ser castigado pelos pais, irritá-los, não ser aceito pelos coleguinhas e de dormir sozinho em seu próprio quarto.
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COMO A PSICOLOGIA AJUDA NO TRATAMENTO DE MEDOS MAIS EXTREMOS E FOBIAS? O que separa o medo de uma fobia, varia de criança para criança e a principal forma de distinguir esses dois tópicos é através da observação comportamental da criança. Se o medo está atrapalhando a rotina do pequeno, prejudicando a sua socialização e provocando a isolação, isso é um sinal para acompanhamento psicológico.
Um profissional da psicologia consegue ajudar a criança a administrar, encarar e entender os próprios medos. As famílias também se beneficiam com isso, uma vez que recebem instruções de como agir com a criança, ajudando-a a se sentir segura em casa e nos mais diversos ambientes.
A Pópidi reforça o compromisso de levar conteúdos e pautas relevantes sobre o universo infantil para toda a família, buscando ser uma marca presente em todas as etapas da vida da criança.
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