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Folclore: lendas, ritmos e festas não muito conhecidos

Por Giovanna Araujo | 18 de agosto de 2023 Dia 22 de agosto marca a celebração da cultura brasileira, o folclore consiste no conjunto de costumes, tradições, lendas e narrativas populares típicas do país.


O folclore brasileiro é uma junção dos diversos contos, mitos, lendas e histórias das três principais culturas presentes em nosso país durante a colonização: indígena, portuguesa e africana. As festas brasileiras, brincadeiras, crenças, costumes e outras diversas coisas passadas de geração para geração, fazem parte do folclore, já que a tradição folclórica é transmitida dessa forma. Tendo como pilares principais as superstições, histórias contadas, valores locais e costumes, o Brasil se destaca entre os países, devido a uma cultura muito rica e diversa.


Existem várias lendas e contos espalhados pelo nosso país, mas muitos acabam caindo no esquecimento do povo ou então, nem chegam até algumas regiões. Por isso, hoje trouxemos alguns ritmos, lendas e festas não muito conhecidas no "Folclore Popular", confira mais abaixo:



LENDAS FOLCLÓRICAS

VITÓRIA - RÉGIA (ESTRELA DA NOITE)


A lenda conta a história de uma índia chamada Naiá, que era apaixonada pela Lua (ou Jaci, nome dado ao astro por alguns povos indígenas). Certa noite, enquanto caminhava perto de um rio, Naiá viu o reflexo da Lua nas águas e em uma medida desesperada de se aproximar dela, acabou mergulhando no rio, mas infelizmente se afogou. Como forma de homenagear a menina, a Lua eternizou a índia na forma de uma bela flor, batizando-a de estrela das águas (vitória - régia), pois era de seu conhecimento a admiração que a menina tinha por si. Uma curiosidade é que as flores da vitória - régia, desabrocham somente ao por do sol, de noite.



GUARANÁ


Tendo origem na região norte do Brasil, a lenda conta a história de um casal de índios que queria muito um filho, e após muita reza e devoção, Tupã atendeu ao pedido, presenteando-os com um lindo indiozinho, muito esperto e habilidoso. Com inveja de suas qualidades, Jurupari, Deus da escuridão, resolveu matar o pequeno índio de forma cruel e traiçoeira, se transformou em uma cobra e atacou o menininho, enquanto o mesmo colhia frutas na floresta. Tupã tentou avisar os pais do indiozinho, mas infelizmente era tarde demais. Como forma de homenagem, Tupã ordenou que plantassem os olhos do garotinho, alegando que deles nasceriam frutos que proporcionariam energia para quem o utilizasse, nascendo assim o Guaraná, um fruto com a uma substância chamada guaraína, bem parecida com a cafeína.


COBRA - GRANDE



Bastante popular entre as regiões norte e nordeste, trata-se de uma cobra enorme que vive adormecida embaixo da cidade de Belém. A cabeça da cobra estaria localizada na Catedral da Sé e o restante do seu corpo percorreria toda a cidade, terminando na Basílica. A lenda conta que caso ela acorde um dia, seria o fim da capital paraense.

Para algumas pessoas, ela é responsável pela criação dos rios, uma vez que seu corpo teria formado os caminhos na terra por onde as águas correm.



FESTAS FOLCLÓRICAS

BUMBA MEU BOI


Festividade que ocorre durante os meses de junho e julho nas regiões do Norte e Nordeste, nela é contada, com uma dança, a história de uma moça grávida com desejo de comer a língua do boi mais bonito da fazenda, seu marido, então, vai atrás do boi e o mata, saciando assim a vontade de sua esposa. Após saber do ocorrido, o fazendeiro, muito nervoso, planeja uma vingança e o casal em um ato de desespero consegue ressuscitar o boi. Depois do desfecho, é dada uma grande festa em comemoração ao final feliz.

No estado do Amazonas, existe a festa do Boi - Bumbá, baseada em uma história bem parecida, nessa versão, o boi é ressuscitado por um pajé, líder espiritual da tribo.



CONGADA


É uma festa religiosa baseada no cristianismo e nas religiões de matriz africana. Comemorada em várias partes do Brasil, essa festa homenageia os santos negros, vistos como ancestrais africanos, que auxiliavam na proteção dos escravos. A lenda do Chico Rei também é celebrada na congada, conta a história de um Rei e sua família, capturados e trazidos para serem escravos no Brasil. Segundo histórias, Chico Rei viveu em Minas Gerais e conseguiu comprar a própria liberdade, a de sua família e de mais 200 pessoas, com uma grande quantidade de ouro. Durante a festa é realizada uma apresentação com dança, onde é feita a representação da coroação do rei.


FESTA JUNINA


A região do nordeste é conhecida pelas melhores festas juninas do país, a celebração ocorre em comemoração a três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. Variando de lugar para lugar, duas características que não mudam são: vestimentas caipiras e comidas típicas. A quadrilha também é algo bem típico da festa, originando-se na Inglaterra, chegou ao Brasil por meio da corte portuguesa durante sua estadia no Brasil. Mesmo sendo de origem nobre, a sua popularização ocorreu entre o clero, as pessoas menos afortunadas.



RITMOS FOLCLÓRICOS

SAMBA DE RODA



Herança da época colonial, o samba de roda era muito comum durante o período de escravidão do Brasil. Eram como "cultos" em devoção aos orixás (Deuses) e caboclos (espíritos de índios nativos) realizados no Recôncavo Baiano, local com enorme influência da cultura africana, já que muitos escravos eram trazidos até o local para trabalharem na produção de cana-de-açúcar.

O samba teve a sua popularização quando passou a ter uma presença relativamente boa no Rio de Janeiro, graças a vários artistas renomados, o ritmo tornou-se uma paixão nacional. Entre os instrumentos do samba, o cavaquinho, pandeiro e o chocalho são os "principais" e mais populares.


MARACATU



Muito popular no nordeste, surgiu em Pernambuco por volta de 1800, é um ritmo que além da música, conta com muita dança, histórias e roupas típicas, bem extravagante. Dentro desse ritmo temos duas modalidades:

  • Maracatu Real (Baque - Solto): Tocado pelos trabalhadores dos engenhos no final do século XIX (19). Muito popular na região norte pernambucana, se baseia na fusão de diversas festas folclóricas da região. O instrumental fica no comando do mestre, que canta os sambas e galopes, acompanhado do terno (orquestra de percussão e sopro).

  • Maracatu Nação (Baque - Virado): Tendo uma presença muito forte nas periferias de Recife, é composto por grupos musicais de percussão. As caixas, taróis, gonguês e alfaias (tambores de madeira) fazem parte da orquestra.

FREVO



Ritmo típico de Pernambuco, suas principais características são: músicas sem letras e um ritmo contagiante. Nasceu derivado do ritmo de carnaval (marchinhas, maxixes e dobrados). No frevo de rua os instrumentos mais utilizados pelas orquestras são: saxofones, clarinetes, trombones, tubas e entre outros. Já no frevo de bloco, os instrumentos utilizados são os de pau e corda, como cavaquinhos, flauta e violões. Por último, o frevo - canção, a única modalidade onde o canto e as letras estão presentes, muito parecidas com as marchinhas de carnaval.


 

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